terça-feira, 19 de maio de 2015

INCONSCIENTE

Saí à tarde, o dia transparente,
Mas pelo caminho não parti sozinho,
Levei no meu rosto um sorriso aparente,
E no coração a sede de carinho.

A tarde morria, o sol desceu ligeiro,
E eu caminhava quase inconsciente,
Pensando em ti, segui forasteiro,
Ao clarear, das luzes já presentes.

Quase voando, eu corria depressa,
Sem destino e fora do meu ser,
Encontrei forças, encontrei poder,
Esqueci de ti, esqueci as promessas,
Ao ver as estrelas encontrei prazer,
E naquela hora deixei de correr,
Acordei do sonho, bem na hora certa.

                           (Francisco Freitas)

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