sábado, 1 de novembro de 2014

TERNURA

Esta alegria imensa de querer
Sem anseios febris e sem paixão. . .
Este beijo que toca sem saber
A alma, o pensamento, o coração . . .

Este enlevo que afaga sem prender,
Este olhar que é carícia e é emoção. . .
Esta felicidade de entender
No silêncio qualquer agitação. . .

Isto que ninguém sabe se é amor
Porque não queima a carne de desejos;
Porque não traz loucuras e amargor. . .

É o que levo sorrindo nos meus beijos;
É o que me faz chorar e é ventura;
É o que oferecem minhas mãos. . .Ternura !

                             ( Vera da Costa Viana )

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