Quanto te amei ! Que futuros!
Que sonhos gratos e puros!
Que crenças na eternidade!
Quanto a furtos me falavas,
E meu ser embriagavas
Na febre da mocidade!
Se depois de imensas dores,
No seio ardente de amores
Eu não puder apertar-te,
Quebrando a dura barreira
Deste mundo de poeira
Talvez ainda ei de achar-te!
Era à tardinha.Cismando,
Por uma senda arenosa
Eu caminhava tão brando
Como a voz melodiosa
Da minha enamorada,
Sobre a grama aveludada,
Corria o vento a chorar.
Éramos sós, mais ninguém
Nossas palavras ouvia;
Como tremia meu bem!
Como teu peito batia!. . .
Pelas janelas abertas,
Entravam vozes incertas.
(Texto de Fagundes Varela)
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