Aqui outrora retumbaram hinos;
Muito coche real nestas calçadas.
E nestas praças hoje abandonadas,
Rodou por entre os européis mais finos. . .
Arcos de flores, fachos purpurinos. . .
Trons festivais, bandeiras desfraldadas,
Girandolas, clarins, atropeladas. . .
Legiões de povo, bimbalhar de sinos. . .
Tudo passou! Mas dessas arcarias. . .
Negras, e desses torrões medonhos,
Alguém se assenta sobre as lágeas frias;
E em torno os olhos úmidos, tristonhos,
Espraia, e chora, como Jeremias,
Sobre a Jerusalém de tantos sonhos! . . .
(TEXTO DO POETA R. CORREIA)
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