CECÍLIA MEIRELES)
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe
A noite se curva de frio
debaixo da água vai morrendo,
meu sonho dentro de um navio.
PENSAMENTO: A impunidade do culpado é a condenação
do juiz.
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