É tempo de tocar as águas turvas dos sonhos
e dissolver em cores marinhas
a face opaca dos pesadelos.
É tempo de pintar em cores anil
as vestes da solidão.
É tempo de nascer em mim as palavras
escritas pelas não ditas,
dando-lhes vida e som. . .
a manifestação dos gestos
e o mais sutil dos afetos.
Tempo, e mais que tempo,
de colar minha boca na tua
e dentro do meu beijo
semear os profundos desejos
em camas de conchas.
Muito mais que tempo,
desnudar minha alma. . .
É tempo de fecundar um sol azul,
uma estrada azul,
um sonho azul,
uma simples rosa azul
em um aroma azul.
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